Como o Brasil aparece nos games?

Não é muito difícil fazer uma lista com alguns dos cenários mais comumente utilizados no universo do entretenimento eletrônico. Independentemente do gênero, você provavelmente sabe que vai aparecer na tela como ambientação de sua jornada. Para ilustrar, temos exemplos como os Estados Unidos, Rússia (ou até mesmo União Soviética) e várias regiões da Europa. Quando o assunto é guerra, os títulos usam e abusam do Oriente Médio.

Existem algumas desenvolvedoras mais ousadas, que resolvem construir seus próprios mundos ou então mandar o jogador para o espaço em planetas de toda sorte. Há quem prefira simplesmente voltar ao passado, reconstruindo o que vemos apenas em museus ou outros registros de longa data. Outros arriscam num futuro, trazendo armas, bugigangas e uma cidade que parece ter saída diretamente de Blade Runner.

Agora imagine: você acaba de terminar um tiroteio em Call of Duty: Modern Warfare 2 e surge o anúncio da próxima missão, que será em um país totalmente familiar a nós tupiniquins: o Brasil. Uma bela surpresa para nós, não é mesmo? De fato, é sempre bacana quando as desenvolvedoras decidem se desprender dos clichês, trazendo novos ambientes, especialmente nosso país.

Pensando nisso, o Baixaki Jogos resolveu reunir alguns dos títulos gringos que têm como cenário as terras brasileiras, seja como pano de fundo para lutas ferozes ou como a cidade principal do game. A lista é grande, passando desde jogos como Street Fighter até Max Payne 3. Mas será que o Brasil é bem visto lá fora? Confira você mesmo.

Destruição em verde e amarelo Quando o assunto é guerra
Recentemente, um dos games mais bombásticos da atual geração trazia como cenário vários estados e cidades brasileiras. O grande problema é que tudo isso era facilmente destruído pelo jogador, seus companheiros e inimigos. O tiroteio rola solto e é intenso em Modern Warfare 2.

O megasucesso da Activision deve bastante a aparição de locais como Rio de Janeiro, Amazonas e São Paulo e Santos. Já nos trailers que faziam um pré-anúncio do game era possível perceber que a Cidade Maravilhosa teria um papel importante nesta jornada. E não foi diferente.

O Rio de Janeiro aparece como uma das missões principais do game no modo campanha. Nela, o jogador enfrenta vários brasileiros a serviço do contrabandista de armas Alejandro Rojas. A destruição é intensa, e o gamer observa favelas inteiras sendo reduzidas a pó. Para reforçar a atmosfera, a Infinity Ward, responsável pelo game, adicionou detalhes minuciosos ao ambiente, que variam desde galinhas presas em desespero ao próprio Cristo Redentor.

No multiplayer de Modern Warfare 2 também temos mais Brasil. O modo para vários jogadores apresenta arenas em locais como Rio de Janeiro, Santos, São Paulo e também a Zona Franca de Manaus.



taipu e um aposentado em São Paulo
Outro título em que o tiroteio se passa em território brasileiro é SOCOM II: U.S. Navy SEALs. Aqui, temos várias missões do modo campanha acontecendo no Brasil. Essencialmente, na trama um movimento terrorista chamado Revolutionary Army Forces of Brazil (Forças Armadas Revolucionárias do Brasil - RAFB) ameaça tomar o controle da política no país.

Em sua jornada, o jogador deve capturar uma das líderes do grupo — que aparece na abertura do game executando um dos SEALs — e destruir várias das instalações criminosas dos terroristas, como uma fábrica de cocaína e um aeroporto clandestino. Em outro momento, seu objetivo é impedir que a RAFB detone bombas na maior usina hidrelétrica do mundo, a Itaipu. A Amazônia também aparece durante a cena de corte inicial.

Agora, nenhum dos dois jogos mencionados acima deve superar Max Payne 3 quando o assunto é Brasil. A famosa franquia deve reaparecer a qualquer momento nos games. Até o momento, temos poucas informações em geral, mas já sabemos que nosso país terá um papel importantíssimo na nova aventura de Payne.

A cidade principal do game é São Paulo. Aparentemente, Max foi parar lá depois de sair do Departamento de Polícia de Nova Iorque. Agora, Payne não é mais um policial respeitado, mas sim um segurança de uma família rica. Mesmo assim, sua vida está longe de conhecer o que é tranquilidade.

Pelas imagens liberadas até o momento, tudo indica que teremos a presença de algumas favelas e muito tiroteio entre Payne e os rebeldes locais. Além disso, o jogo parece ser de longe o mais bruto da franquia. A luz do dia é outro fator marcante, e que deve mostrar bem como são os lugares mais temíveis de São Paulo.

O lugar ideal
Certamente, os jogos de tiro gostam bastante de algumas cidades brasileiras. Assim como a obra cinematográfica Tropa de Elite, os retratos feitos pelos games deixam bem claro o quão tensos podem ser algumas regiões do Brasil, algo perfeitamente cabível para um jogo de tiro.

Outros games do gênero FPS, como Raven Squad: Operation Hidden Dagger e Shadowrun, servem como prova de que o Brasil também é um bom lugar quando o assunto são problemas e mais problemas. Algo que, definitivamente, não é motivo de comemoração. Mas é a realidade.

Um belo cenário O Brasil e suas maravilhas
Felizmente, não é só no meio de conflitos e tiroteio que o Brasil aparece. Vários outros jogos de gêneros distintos também apostam nas cores verde e amarela para decorar seus cenários. Confira.

Pontuação máxima
Até mesmo a lenda dos jogos de skate não deixou de lado um dos países que rendeu vários grandes atletas para o esporte. Tony Hawk decidiu colocar um nível inspirado no Rio de Janeiro em seu terceiro game, intitulado simplesmente Tony Hawk’s Pro Skater 3.

A curiosa arena circular do game permitia a execução de combos mirabolantes e que geravam pontuações absurdamente altas. É, amigo, andar de skate no Brasil é perfeito — pelo menos no jogo. Outro título da série, Tony Hawk’s Pro Skater Downhill Jam, também mostra o Rio de Janeiro como uma das ladeiras disponíveis.

Esquentando os pneus
Uma das séries mais famosas da era dos 32-bits também mostrou a Cidade Maravilhosa como um de seus cenários. Estamos falando de Driver 2, popular game de corrida que é considerado por muitos como o precursor de grandes séries que adotam a jogabilidade em mundo aberto.

No game, além de conhecer um brasileiro, curiosamente com o nome de Alvaro Vasquez, o jogador também esquenta seus pneus pelas ruas do Rio de Janeiro. Você deve evitar a polícia a todos os custos, mas não se esqueça de observar belas paisagens como o Corcovado e o próprio Cristo Redentor.



Pancadaria de rua
A Capcom também é conhecida pelos brasileiros como uma das grandes responsáveis por introduzir o país ao universo do entretenimento eletrônico. Afinal, não poderia ser diferente, já que Street Fighter, a franquia de luta mais famosa de todos os tempos, traz um personagem tupiniquim na lista de lutadores.

Contudo, além de Blanka, o país também é representado em um dos cenários do game. Em Street Fighter II, o monstrengo verde luta em sua terra natal, onde vemos uma espécie de plataforma improvisada nas águas de um lugar que parece ser a Amazônia. Na decoração, temos barcos, cobras e outras curiosidades que fazem os pescadores se empolgarem ainda mais com as lutas.

Outro jogo da companhia que traz um brasileiro é Darkstalkers. E assim como Blanka, Rikuo também possui sua própria fase. O pano de fundo do lutador é bem semelhante ao do guerreiro da série Street Fighter, trazendo uma embarcação e vários animais que representam a fauna tupiniquim.

Mais Brasil! O que esperar?
Certamente, o Brasil ainda aparece pouco nos jogos. Mesmo assim, é muito bacana notar, por meio dos games, como algumas desenvolvedoras enxergam nosso país. A nossa lista trouxe apenas alguns exemplos. Existem muitos outros títulos que também trazem um breve vislumbre de nossas terras, como as séries FIFA e Pro Evolution Soccer e várias outras.

Mas, e no futuro? Será que o Brasil será mais bem representado? Max Payne 3 é uma das provas de que o nosso país está ganhando mais força lá fora. Quem sabe um dia o personagem principal da série Resident Evil seja um brasileiro. Não deixe de comentar!